sábado, 1 de dezembro de 2007

Queridos Humanos

O Grupo de Kryon, saúda vocês amorosamente desde este espaço interdimensional que agora se abre, permitindo o surgimento de uma abertura, de uma brecha, através da qual deslizamos sutilmente com os ensinamentos que vocês estão acostumados a receber periodicamente através deste canal, saúda-lhes muito amorosamente.

Queridos e queridas, este canal teve um recesso necessário de vários meses, para que ele pudesse facilitar a transmutação, que precisava acontecer, de certos processos pessoais, a fim de ser conduzido a um novo estado de preparação espiritual, mais sintonizado com as energias sutis que deverá lidar a partir de agora. Esses processos já estão na reta final e o nosso porta-voz já está mais relaxado, mais tranqüilo e em condições adequadas de lhes oferecer os ensinamentos que o Grupo de Kryon deseja transmitir, com um espírito de amor e comemoração.

O Selo de um Grupo

Talvez alguns de vocês se perguntem quem somos... Nós somos um grupo de energias angelicais que trabalha sob uma programação ou selo unificado, onde não precisamos nos diferenciar uns dos outros a nível individual – como, talvez, vocês pensariam que pudéssemos fazer – posto que, em nosso estado evolutivo, já não é mais necessário nos destacarmos. Ao contrário, privilegiamos a Unidade de Tudo o Que É, visto que estamos adstritos a ela.

Nós fazemos parte das energias angelicais de Gabriel, Rafael e outras – humanamente conhecidas ou não – em um só espectro de luz, por assim dizer, em um só tom ou freqüência que vocês, aqueles que poderiam perceber, talvez vissem como uma pulsante massa luminosa de tons brancos, verdes e dourados.

O nosso canal, que é apenas um dos nossos intérpretes, identificou muito claramente a essência do grupo – que emanamos energeticamente – com o selo muito especial daquela entidade que muitos de vocês conhecem como Kryon. Esse selo, para aqueles que são capazes de estar em comunhão íntima com tal freqüência, é um tom perfeitamente identificável, como um “sentir” ao nível do centro do alto do coração.

Nós, através de nosso porta-voz, que captou adequadamente que Kryon não é “uma” entidade ou “um” ser, entendemos que é necessário que saibam que Kryon é, “na verdade”, a manifestação de várias intenções em uma só, o canto em uníssono de uma melodia que expressa uma harmonia tão especial ou tão singular que vocês poderiam percebê-la como um “estilo” de Ser, um estilo de grupo.

Queridos Humanos, aqueles que são aficionados pela música: lembram do som tão especial de certo grupo musical que vocês gostam tanto e que, depois de vários anos de vida artística, dissolveu-se por causa da separação dos seus integrantes? Lembram que, apesar de alguns dos integrantes voltarem a se reunir com outros, que não eram os membros originais, o grupo nunca mais cantou igual? Obviamente, ainda que não precisássemos dizer o porquê, para vocês sempre foi óbvio que cada uma das individualidades dos integrantes, ao unir-se ou fundir-se com as outras, originava um som muito peculiar, um estilo que não era possível copiar ou imitar, não é mesmo? Esse som é a essência de um grupo e representa ou caracteriza, um selo muito especial que distingue a união de propósitos comuns.

Todo grupo que trabalha sob uma união de propósitos, seja humano ou angelical, projeta o resultado dessa união através de uma consciência unificada. No selo de um grupo musical, quando mudam os seus integrantes, talvez seja um pouco difícil de manter esta projeção, pois o som emitido é produto da união de talentos únicos, derivados da programação individual humana de cada um, aquela que geralmente atua sem ceder o desejo de protagonizar.

Em compensação, no seio de um grupo não humano, que esteja alinhado com a freqüência da Unidade, não há espaço para o reinado de protagonistas, mas para o reinado da consciência grupal, onde não é importante quem integra o grupo, mas “qual é o propósito ou meta que o grupo sempre deseja projetar”. É por isto que, ainda que uns entrem e outros saiam, o selo desse grupo sempre será o mesmo, pois o seu tom vibrará sempre sob a mesma freqüência ou estilo da intenção que existe no seu bojo.

No seu mundo terreno, há grupos políticos, científicos, cívicos ou não governamentais, que foram concebidos desta forma... aquela na qual o líder do grupo não imprime o seu selo individual para que o grupo execute uma melodia ao seu modo, mas cujo líder se esmera em conduzir o grupo de acordo com os parâmetros ou políticas já estabelecidas previamente... aquela onde não existe uma visão personalizada do condutor, mas a opinião e o consenso de todo o grupo. É assim que o grupo executa as suas melodias, com um estilo muito único e particular...

A energia do grupo que possui esses critérios destacados é a energia que nasce e emana dos níveis superiores da consciência, caracterizando a verdadeira motivação do ser que vive sintonizado na freqüência da Unidade, aquela que se opõe à separação gerada pela individualidade.

Os grupos humanos são espelhos dos grupos divinos. Quando um grupo de humanos se reúne com um propósito definido, começa a gerar uma intenção espiritual que transcende o mero propósito humano que originou a reunião, pois o grupo é a essência do espírito de convivência que deveria motivar todos os seus atos, queridos Humanos. O espírito de convivência caracteriza a aprendizagem que lhes pode conduzir para a experimentação do conceito de unificação, do conceito de Unidade. A unificação representa o caminho para a compreensão de que Todos Somos Um. Na unificação de consciências, não há lugar para a separação oriunda do ego de um protagonismo gratuito.

Os Porta-vozes do Grupo

Kryon também é um grupo que trabalha com um propósito unificado, com alguns alinhamentos únicos e muito especiais, através dos quais o Espírito, a Família a que todos pertencemos, oferece aos humanos momentos de reflexão muito específicos, através da abordagem de temas comuns à agenda principal do Grupo e dos seus porta-vozes. De fato, os nossos canais, que são porta-vozes que representam o Grupo, estão autorizados a abordar temas que estão na agenda principal do Grupo. Mas, como é um trabalho de equipe, é evidente que os nossos porta-vozes devem procurar alcançar a própria maestria, aprendendo a conjugá-la com a humildade necessária para entender que não são porta-vozes de si mesmos, mas de um Grupo que persegue a obtenção do bem mais elevado para todos.

Nós somos o Grupo de Kryon e usamos esse nome como a manifestação de um selo ou estilo que nos identifica diante de vocês. Como grupo e com esse espírito, indubitavelmente não seria coerente a nossa manifestação na sua frente através de um porta-voz individual, pois entendemos que vocês convivem no seio de um leque de ideologias étnicas e geográficas. Portanto, como Grupo, temos porta-vozes que podem transmitir nossas mensagens em diferentes idiomas e com diferentes enfoques culturais. É necessário que seja assim, pois as suas diferenças geográficas não lhes permitiriam (como de fato ocorre) identificar-se com as vivências e necessidades de outras culturas alheias à sua.

Os nossos porta-vozes também são integrantes do Grupo, mas não podem ser considerados como uma espécie de elite, diferente de todos vocês. Eles são humanos como vocês e também estão – como vocês – na busca de respostas para ajudar a compreender – entre outras coisas – porque atuam como porta-vozes de um grupo de seres intangíveis que fala através de seus pensamentos. Pequena responsabilidade, não é verdade?

Se pensarem um pouco, talvez o preço que eles devem pagar diante da humanidade seja bastante alto, pois o mínimo que fazem ao aceitar esta tarefa é serem tachados de loucos, de presunçosos ou de estar usando esta suposta e “auto-atribuída” responsabilidade para alcançar os seus próprios interesses pessoais. Dissemos “auto-atribuída” porque, à vista dos demais, eles se auto-atribuíram o título de porta-vozes do Espírito.

Contudo, agora perguntamos o seguinte: se eles não tivessem feito isto, ou seja, se eles não tivessem sentido o chamado para assumir essa responsabilidade, vocês acreditam que algum humano teria lhes designado esta tarefa? Talvez por este tipo de responsabilidade nem sempre ser auto-selecionada? Talvez por ser diferente do que alguns religiosos chamariam de “seguir o chamado da vocação espiritual”?

Queridos e queridas, nem todos vocês estão preparados para seguir esse chamado. Reconheçam. O risco é muito grande, pois poderia gerar uma espécie de isolamento social. Aquele que segue uma vocação religiosa ou espiritual é visto por vocês como alguém “diferente”, que transita por um caminho que definitivamente é de uma minoria.

Sem entrar em detalhes sobre aqueles que seguem esse caminho, é importante destacar que nossos potenciais porta-vozes sentiram e seguiram um tipo especial de chamado. Entretanto, alguns procuraram seguir o caminho para o desconhecido, enquanto que outros duvidaram, talvez, de si mesmos, sentiram medo às possíveis críticas e desistiram. É muito simples, mas... não podemos julgá-los, queridos. Nenhum deles.

Aqueles que seguiram o chamado simplesmente optaram por ativar um potencial que estava nos seus contratos e são abençoados por isto, pois agora eles estão se descobrindo a si mesmos pelo simples fato de terem decidido dar – às cegas – um verdadeiro salto no abismo. Por mais incrível que possa parecer, a sua valorização está ajudando outras pessoas a saltarem com a plena confiança de saber que não vai acontecer nada de mais. Aqueles que não seguiram o chamado simplesmente optaram por deixar para mais adiante um potencial que estava escrito, pois eles vieram para conciliar a sua dualidade, sendo anjos sem memória em corpos de humanos limitados. E isto, queridos, é um desafio muito difícil de assumir e, sobretudo, é muito difícil de reconhecer que alguma vez existiu uma memória angelical nos corpos humanos.

Obrigado àqueles que sentiram o chamado porque hoje, agora, estamos aqui com vocês, queridos e queridas. Obrigado aos porta-vozes porque podemos dar informações diretas sobre o que está acontecendo do Outro Lado, sobre como são as coisas entre os dois lados e, além disso, como o ser humano pode conciliar ambas as visões. Obrigado a eles e ao trabalho que têm feito, pois nós, agora, podemos dançar diante dos seus olhos, através destas letras que representam o caminho para o seu coração.

Alguns de nossos porta-vozes são chamados de “sócios”. Que palavra mais adequada! Não somos um Grupo? Então: trabalhemos em sociedade! Todos nós, vocês e nós, somos sócios desta grande empresa chamada Espírito. Todos somos seus acionistas. Portanto, trabalhemos por ela e façamos o melhor possível, de maneira impecável, por nós mesmos e pela evolução dos demais.

Mestres de Si Mesmos

Nossos sócios, ou nossos porta-vozes – como preferirem chamar – são apenas alguns de vocês que decidiram fazer um trabalho fora do anonimato. Benditos sejam todos eles, os que já conhecem e também os que ainda não se manifestaram, porque, graças a todos eles, podemos nos comunicar e fazer com que o Grupo, que fazemos parte, permaneça mais freqüentemente em contato com vocês!

Abençoem todos eles – mesmo depois de escutar o seu coração e, talvez, de achar que a mensagem que eles transmitem é distorcida ou que está contaminada pelas agendas pessoais deles – pois, ainda que alguns deles não consigam expressar plenamente a nossa mensagem – com toda a impecabilidade, maestria ou humildade que o caso requer – não seria certo deixá-los de fora, porque eles colocaram em marcha a intenção necessária para conseguir transcender as suas próprias limitações humanas, servindo de exemplo ou de âncora para as outras pessoas... e isto, acreditem, é mais do que o que nós, como seus guias, poderíamos esperar de qualquer um de vocês, queridos Humanos em pleno trânsito dual...

Pensaram como estes seres, nossos porta-vozes, devem ter exercitado o seu próprio senso de autovalorização para enfrentar a viagem às escuras, que significa o fato de converter-se em nossos representantes? Pensaram alguma vez sobre o fato de que eles devem curar primeiro a sua autovalorização, de forma que consigam servir adequadamente de farol, de âncora ou de suporte?

Então, quem foi a âncora dos nossos porta-vozes? Quem lhes preparou para aceitar tamanha responsabilidade? Quem lhes ajudou a sentir segurança nas horas incertas, naquelas horas em que a dúvida se fechou sobre eles e humanamente se indagaram se tudo o que estavam vivendo não era um truque de um ego muito imaginativo e sedento de reconhecimento?

Eles mesmos, queridos! Sim, eles se ajudaram a si mesmos, posto que eles possuem no seu interior, como cada um de vocês possui, a maestria interna necessária para romper paradigmas duais, para romper literalmente a casca da dualidade que lhes aprisiona e limita. Eles romperam a sua própria casca! Não há nada mais potente para elevar a sua própria auto-estima do que fazer o que eles fizeram: romperam as barreiras das suas próprias limitações humanas e aceitaram, sem que ninguém sugerisse ou impusesse, que fossem designados para cumprir uma missão espiritual. Designados por quem? Pelo seu próprio Ser Superior, por seu próprio Ser Multidimensional, por aquele que traz em si a semente divina total que nos torna anjos da mesma Família, por aquele que planejou tudo, em sincronia com todos os outros Seres. Que maravilha de Plano Divino! Que sincronia mestra!

Ah, meus queridos Humanos... Entendem agora porque os nossos porta-vozes decidiram sair da cálida segurança do útero de si mesmos, do cômodo closet do anonimato e auto-aceitaram que são diferentes, que são Mestres de si mesmos, que são Mestres alinhados com a Mente Mestra que rege o Plano Divino?

Elas são diferentes porque se aceitaram a si mesmos como diferentes. É assim, simples. Eles são mestres porque aceitaram ser e, sobretudo, porque aceitaram reconhecer, aceitaram praticar, aperfeiçoar e transmutar a Maestria de Si Mesmos... visto que todo ser humano que está em trânsito dual procura alcançar a Maestria de Si Mesmo. Ser Mestres de Si Mesmos consiste em reconhecer a própria divindade, acima da dualidade que lhes aprisiona e amarra no constante agora da sua própria experiência terrena.

O reconhecimento da Maestria de Si Mesmos não ocorre instantaneamente. Ativa-se a partir de um processo pelo qual vocês, primeiro, se auto-questionam sobre a sua essência humana. Depois de conseguir isto, poderá ser gerado o potencial adequado que lhes motivará a empreender a sua própria viagem através do caminho da autovalorização. E este é o tema central da nossa comunicação...

Curando Processos

Quando um ser humano passa por um processo pessoal de busca interna, durante o qual todo o seu ser é sacudido por causa dos espasmos vivenciais ocasionados pela necessidade intrínseca, mas muito compreensível, de recapitular e compreender tudo aquilo que viveu em determinado período de tempo, fato que lhe ocasiona uma grande necessidade de mudar e de ser “diferente”... é inevitável que este ser humano tenha que encarar estas mudanças com a percepção de si mesmo e com a sua própria autovalorização.

Quando este ser humano começa a se perguntar o que está fazendo com a sua vida, o que está fazendo consigo mesmo e para onde deve ir, começa a abrir o potencial necessário para gerar uma mudança. Uma parte do seu ser se alinha inconscientemente com a necessidade de compreender e aceitar que o processo pelo qual está passando é perfeitamente normal e compreensível. Entretanto, há outra parte do seu ser, queridos, que não entende, que não deseja entender, que não valoriza adequadamente o processo pelo qual o seu ser está passando. Este é, de fato, um verdadeiro processo de limpeza, cura, renovação e transmutação, através do qual o humano deverá “remover” todos os resíduos e lastros de experiências passadas que ficaram aderidas no conjunto dos corpos sutis que formam a totalidade do seu ser.

Dissemos “re-mover”, pois o humano em processo deverá agitar, mover e remover esses resíduos da consciência, deverá enfrentá-los até conseguir compreender – antes de desprendê-los – porque se aderiram ao seu ser. Este processo pode ser muito desagradável, como se tivessem que remover manchas antigas das roupas ou dos móveis. Quando fazem isso, costumam ocorrer algumas coisinhas... A lembrança ou a razão pela qual as manchas foram produzidas cobre-os de vergonha, não é verdade? Sim, pois o fato de esfregar as manchas traz à tona as razões – algumas, talvez, muito incômodas – que as produziram. Costuma ocorrer, também, que vocês se questionem, depois de tanto esfregar as manchas que insistem em não sair..., e digam: “Para que estou fazendo isto? Talvez fosse mais fácil colocar fora a roupa ou mandar recapar o móvel do que passar tanto trabalho para tirar as manchas...”. Mas, no fundo, será que não fazem esta pergunta com a idéia de “salvar” o que for possível antes de tomar uma decisão irremediável e drástica, como a de jogar no lixo algum objeto de estimação?

Para que esse ser humano possa passar favoravelmente por seu processo de transmutação, é necessário que repasse e remova, profundamente, as razões pelas quais esses lastros ficaram aderidos no seu ser. É necessário enfrentá-los e processá-los antes de tomar a decisão de jogá-los fora, pois tudo isso que ficou grudado é justamente o resíduo daquilo que não foi possível processar, daquilo que não foi possível digerir e que lhe acompanha, como um tipo de mal-estar digestivo ou intestinal oriundo da contínua e diária ingestão de alimentos desbalanceados que, ao não serem processados adequadamente, criaram sobre o corpo físico um efeito negativo acumulado.

Colocamos este exemplo para que vocês percebam que – da mesma forma como um alimento mal processado – os enfrentamentos, as emoções, as dinâmicas de grupo e todas as situações que vocês enfrentam diariamente sem processar adequadamente possivelmente deixarão um rastro, um lastro ou um incômodo que se manifestarão em algum momento, requerendo ajuda, tratamento ou simplesmente o enfrentamento com o objetivo de curar-se a si mesmos.

Quando um ser humano se encontra em um processo de limpeza, cura e transmutação, sobrevêm dois aspectos fundamentais de reflexão. Um deles está relacionado com a pergunta que ricocheteia interiormente sobre o porque “deveria” estar passando por este processo que lhe “obriga” – ainda que, talvez, não deseje passar por isto neste exato momento (“Por que eu, por que comigo, meu Deus?”). E o outro aspecto que também surge é o questionamento que esse ser humano se faz sobre todas as circunstâncias que, direta ou indiretamente, estão “forçando-o” a limpar o seu entorno para que a sua viagem possa continuar. Por fim, este ser sente que – seja o que for que faça – não tem escapatória...

Na sua maioria – ainda que nem todas, por óbvio – este tipo de situações, queridos Humanos, tendem a corresponder-se com aquelas situações limites que vocês comumente chamam de “encerramento de ciclo”. Os encerramentos de ciclos são inerentes a todos os processos vívidos, posto que tudo o que lhes rodeia – incluindo-se vocês – está adstrito a um plano cíclico, onde os processos tendem a estar estruturados em marcos de aprendizagem definidos, que vão transcorrendo da mesma forma como a vida natural é regida e se manifesta através do passo rítmico e constante do plano cíclico natural que vocês chamam de “as quatro estações”. Lembrem-se: “O que está acima, está abaixo”.

Em virtude do seu próprio “relógio cósmico pessoal”, aquele a que cada um está adstrito, vocês poderiam ver-se obrigados a enfrentar ciclicamente certos períodos, durante os quais parece que a vida está solicitando uma espécie de prestação de contas, onde vocês se veriam com uma necessidade de realizar esse processo de revisão, com um espírito de honestidade e impecabilidade para consigo mesmos. Sabem por que, queridos e queridas?

Porque não pode haver prestação de contas nem uma posterior reconsideração, aceitação, cura e transmutação, se esse processo não foi feito desde o mais profundo da sua própria alma, aquela que – acima das suas próprias crenças ou circunstâncias imediatas – obrigou-os a reconhecer e aceitar que dentro de si mesmos há, evolutivamente, a implacável necessidade de melhorar ou de transmutar algo que já não está mais funcionando tão bem no momento atual.

Como dissemos, esta necessidade inadiável de processar a sua própria evolução pessoal pode surgir tanto de situações cíclicas que devem ser periodicamente processadas ou de processos muito específicos – não cíclicos – que o seu Ser Superior programou para ativar em vocês e que é o potencial da evolução espiritual.

Seja o que for que vocês façam, o seu próprio relógio cósmico lhes levará através destas circunstâncias. Seja o que for que vocês pensem, a sua consciência lhes fará transitar por esse processo, durante o qual terão que se enfrentar a si mesmos, terão que dirimir aspectos de si mesmos que, talvez, não desejaram enfrentar até o momento. Isto pode ser muito doloroso, mas, indubitavelmente, será muito necessário.

Por que falamos de autovalorização no início desta canalização? “Kryon, você falou de autovalorização, mas não explicou por que a autovalorização intervém nesse processo de transmutação”. Queridos Humanos, vamos responder essa pergunta que está sendo formulada na interdimensionalidade deste exato momento.

Cruzando o Umbral da Autovalorização

O ser humano, para poder se autovalorizar, precisa processar e, principalmente, compreender certos aspectos de si mesmo. Quando não consegue compreendê-los, perde o seu senso de autovalorização, pois se sente incapaz de processar respostas satisfatórias e capazes de fazê-lo sentir-se em paz consigo mesmo. Quando um ser humano não é capaz de processar as suas próprias perguntas, percebe-se a si mesmo isolado, percebe-se “desinformado de si mesmo” e é por isto que a sua autovalorização se retrai.

Esse é o ponto álgido que está relacionado com a autovalorização. Quando vocês chegam a ponto de se sentirem desinformados de si mesmos, sentem que chegaram no fim de um caminho que é cortado abruptamente, onde parece que não há mais possibilidades de avançar ou que lhes conduzirá a alguma parte.

Quando vocês sentem aquilo que chamamos de “a desinformação de si mesmos”, é porque já passaram pelo caminho das perguntas aos demais, pelo caminho da busca de respostas através do reflexo alheio, e, quando se chega a este ponto extremo, o que fica? Fica o vazio ou o reconhecimento da própria incapacidade de dar-se a si mesmos as respostas necessárias para compreender a situação.

No momento em que vocês chegam neste estado, nessa crucial encruzilhada das suas vidas, é quando realmente começa a verdadeira alquimia dentro de si mesmos, é quando realmente começa o verdadeiro processo de transmutação. Nesse instante, queridos, o ser humano faz – quando ele consegue alinhar-se com Tudo O Que É – a única coisa que poderia fazer nesse momento: entrega-se a Deus, entrega-se de coração ao Espírito.

Ao manifestar simplesmente a sua incapacidade de conseguir compreender algo que está além da sua compreensão humana, de querer intervir em algo onde não é possível uma intervenção – ou em algo que não consegue lidar, dentro da sua própria perspectiva –, é neste momento que ele aceita de coração que é um ser que está à mercê de forças superiores, que se houvesse uma entrega, elas poderiam lhe guiar – se ele quisesse ou pedisse – na busca das respostas que precisa e, conseqüentemente, do entendimento necessário para recuperar a valoração de si mesmo.

Para obter respostas do Espírito, queridos, devem apenas aprender a entregar-se, a ceder o seu próprio espaço de protagonista e a aceitar que devem esperar, em silêncio, apenas escutando as batidas do seu próprio coração. Quando vocês chegarem neste ponto de entrega, ponto em que reconhecem que já não há mais nada a fazer a não ser entregar a sua preocupação ao Espírito, este será o momento em que vocês cruzaram um umbral... o umbral onde perderam a sua autovalorização, onde estavam sentidos consigo mesmos e onde não havia mais nada para se agarrar... para um ponto no qual já não esperam mais nada de si ou dos demais, um ponto a partir do qual as coisas são como têm que ser e vocês decidiram simplesmente aceitá-las e adaptar-se a elas.

A passagem por esse umbral caracteriza a construção de uma verdadeira ponte que lhes permite transitar de um ponto a outro das suas vidas: do ponto em que chegaram, com pesados lastros, entregues, esgotados e sem esperança... para um ponto onde decidiram percorrer a vida, sem se apegar a mais nada além do que viver no momento presente, abençoando-o constantemente através da celebração do Agora, que recria continuamente as suas vidas.

Queridos e queridas, não sabem como são amados neste momento! Não sabem como são abençoados nesse momento... o momento em que vocês decidem entregar-se ao Espírito e permitem que nós, dos nossos espaços interdimensionais, possamos ajudá-los a realizar milagres nas suas vidas! Queridos, não sabem a alegria que sentimos ao dar esta informação através do nosso porta-voz, visto que este canal também teve que passar recentemente por circunstâncias similares àquelas que estamos descrevendo, durante as quais teve que cruzar o seu próprio umbral da maneira adequada, da maneira que esperávamos que fizesse.

O Espírito celebra e abençoa qualquer ser humano que passe pelo umbral da mudança e da transformação, posto que esse ser humano, graças a essa experiência, tem a grande oportunidade de enfrentar-se com aspectos de si mesmo que, de outra forma, passariam despercebidos ou que seriam evitados para não se depararem com as facetas incômodas de si mesmo.

Falamos de autovalorização, queridos, porque, quando o ser humano cruza esse umbral e dá a sua permissão para deixar para trás os seus lastros, desprende-se de tudo isto, abre-se para a mudança e salta para o inesperado. Significa que esse ser decidiu içar a sua própria vela e navegar no sentido do fluxo mutante do vento da vida e de todas as experiências que estavam guardadas na matriz de Tudo O Que É. E essa decisão, queridos, só fala do humano que finalmente recuperou a sua autovalorização.

E quando esse ser humano recupera a sua autovalorização, é capaz de regozijar-se na vida, como os pássaros que voam livres e felizes nos céus, planando suavemente entre as correntes de ar, realizando as maiores façanhas de vôo que um pássaro jamais poderia realizar, graças à disposição em adaptar-se e em confiar que será guiado pelo fluxo do vento.

Humanos: deixem-se levar, fluam, permitam-se ser carregados pelo fluxo, evitando querer controlar demais as circunstâncias da vida. Vocês podem fazer isto. Não é necessário ter o controle absoluto de tudo o que fazem. Há uma boa porcentagem de situações em que vocês podem e devem experimentar o fato de soltar o controle. Quando vocês aprenderem a soltar o controle, o seu senso de autovalorização aumentará, pois esse senso não dependerá de mais ninguém do que de vocês mesmos e da sua fé inquebrantável na Providência Divina. Não é necessário que expliquem nada, não é necessário que compreendam nada! Apenas é necessário estar, sentir e fluir. Façam, experimentem e manifestem! Peçam ao Espírito que lhes dê esta experiência, mas, quando fizerem isto, queridos, peçam sem medo, com o coração aberto.

Quando vocês enfrentarem uma situação na qual parece reinar a incerteza, entreguem-se a ela e façam-na suas amigas. Digam à incerteza: “Oh, querida incerteza, quero ser seu amigo, quero ser sua amiga, quero que me mostre os caminhos por onde você normalmente vai e quero que me ensine sobre tudo aquilo que temo e que nunca pediria para vivenciar, de forma consciente, pois sempre tive medo de tudo aquilo que pode acontecer de repente. Hoje decidi confiar porque sei que você, amada incerteza, faz parte do Plano Mestre, que faz com que tudo o que acontece na minha vida tenha um sentido apropriado às circunstâncias de aprendizagem que eu mesmo escolhi experimentar. Amada incerteza, hoje eu escolho caminhar conscientemente perto de si, para aprender como posso valorizar e desfrutar a beleza do inesperado”.

Queridos Humanos, processem, curem, transmutem tudo aquilo que vocês pensam que não poderiam enfrentar conscientemente durante um certo período das suas vidas. Enfrentem aquilo, tenham discernimento, analisem, expliquem o que pode ser explicado, curem o que pode ser curado, abandonem o que tenha que ser abandonado e, finalmente, cruzem o umbral, a partir do qual não terão mais que olhar para trás. Olhem para frente, caminhem com a cabeça erguida e com o coração leve, com o sentimento de estar sendo conduzidos por uma força poderosa, que jamais lhes faria passar por aquilo que não conseguem suportar. Tudo, absolutamente tudo o que vocês experimentaram e terão que experimentar, foi planejado sabiamente por vocês nos níveis superiores, onde vocês são os Mestres de Si. Nessas altas regiões do Espírito, vocês revisaram todas as alternativas e projetaram todas as soluções possíveis. Portanto, caminhem seguros, para frente, pois no momento em que chegarem nas situações em que será necessária uma solução, ela estará ali, aguardando as alternativas que vocês planejaram para esse momento e esse será o momento de escolher a melhor de todas elas.

Confiem em vocês, porque se fizerem isto, estarão confiando no Espírito, uma força ulterior ou superior que está além da sua compreensão, certamente, mas que vive dentro de vocês, que lhes alimenta dia após dia e que torna possível que, através dessa força, vocês realizem os milagres do seu cotidiano.

O Grupo de Kryon, nesta oportunidade, abençoa-os muito amorosamente e lhes recorda, queridos e queridas, que não é necessário abraçá-los fisicamente, entre nossos braços etéreos, para manifestar a todos e cada um de vocês o amor incomensurável que a grande Família do Espírito tem para cada um de vocês. Nós sabemos quem são, cada um de vocês, e é por isto que vocês são amados imensamente, muito além de qualquer expressão ou sensação humana possíveis.

Despedimo-nos para encerrarmos essa comunicação, mas continuamos presentes em todos e em cada um dos instantes da sua vida, pois nós, que fazemos parte desta grande Família, jamais deixamos vocês sozinhos, nem mesmo por um instante.

O Grupo de Kryon lhes abençoa...
Kryon
Canalizado por Mario Liani


Há plena e total autorização para fazer circular livremente o texto acima impresso ("Cruzando o Umbral da Autovalorização" - Kryon canalizado por Mario Liani - 11-00-2005), sempre que seja enviado ou publicado integralmente, sem edição e com os respectivos créditos de autoria. Lembramos amavelmente que o único interesse perseguido com a divulgação pública deste e de outros textos similares é a transmissão de conhecimento e a elevação da consciência. Portanto, não se autoriza a divulgação do texto citado para fins meramente econômicos sem consulta prévia ao canalizador.

Tradução do espanhol para o português do Brasil:

Ana Cristina Moraes Warpechowski - awarp@terra.com.br

Revisão e edição:
Ana Rachel Salgado - arachel@terra.com.br

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