domingo, 28 de outubro de 2007

O Círculo de Responsabilidades

A era da responsabilidade. Há muitos que sequer gostam desta palavra. Eles não querem ser responsáveis. No entanto, é uma palavra vestida com verdade e alegria. O ser humano responsável conhece o seu Deus! Permitam-nos falar sobre algumas destas responsabilidades. Elas existem em um círculo, onde uma não tem precedência sobre a outra.

Para com Deus

Qual é a sua responsabilidade para com Deus? O que quer que seja que esta palavra signifique para vocês – Espírito, Fonte, Família? Qual é a sua responsabilidade para com Deus? É fácil, no entanto, muito difícil. É fácil para o Kryon feminino convidar vocês para ver suas asas; no entanto, muito difícil para que vocês acreditem que tal coisa seja real. Qual é a sua responsabilidade para com Deus? Direi o que é: compreender que vocês são Deus. É a responsabilidade de procurar aquela parte de vocês que finalmente reconhecerá que vocês são divinos. Vocês acham que é algum engano o fato de toda a humanidade acreditar em vida após a morte? Vocês acham que é apenas um desejo da massa? Não é. É intuição! É um saber! Permitam-me falar sobre outro “acidente”. O que vocês pensam sobre outro mamífero que está sobre o planeta, apenas um – a baleia – que tem vários tratados assinados a seu respeito em vários países – mesmo em países sem mar – para protegê-la? Vocês acham que é por acaso? Quando toda a humanidade se reúne, apesar de todas as diferenças, lutas e idéias religiosas, fazendo votações para proteger um mamífero... Vocês querem saber por quê? Porque as baleias carregam o armazém do conhecimento sobre como mudar o passado! A humanidade sabe disto a nível celular.

Estes mamíferos também sabem como trabalhar com os Índigos. Já pensaram sobre isto? E quem são os primos em primeiro grau das baleias? Os golfinhos. Permitam-me falar sobre os golfinhos e os Índigos. Estas novas crianças trarão para vocês o potencial da paz na Terra, e pode não ser rápido o suficiente para alguns de vocês, mas acreditem, já está funcionando. Algum dia, os Índigos se erguerão naquela área problemática chamada “Oriente Médio” e farão um verdadeiro levante. Palestinos e Israelitas olharão uns para os outros e dirão: “Já é tempo de mudar o passado. Vamos falar sobre o agora. Vamos falar sobre o que pode acontecer agora, longe de tudo o que estiver nos velhos trilhos por onde viajaram nossos ancestrais.”

Nós afirmamos há algum tempo: “Assim como caminham os judeus, caminhará a Terra.” Vamos deixar bem claro que incluímos os palestinos no atributo judeu. O mesmo Pai. Nós os vemos como uma só família. Nós também não vemos a destruição da Terra. Talvez haja aqueles que digam: “Bem, você sabe, você está do outro lado do véu, Kryon. Você não precisa caminhar com sapatos humanos.” Oh, estamos muito conscientes disto! É por isso que os amamos tanto. Abençoado seja o anjo que finge ser Humano. Ele se levanta pela manhã, olha-se no espelho e não vê as baleias... não pensa nelas. Ao contrário, fica imaginando como será o seu dia. Ele se preocupa com os processos dentro de seu corpo. Ele se preocupa com sua sociedade, sua falta de abundância, e sobre as coisas que estão na escuridão, coisas que não pode ver. Raramente vê o anjo no espelho. Bem, temos alguns conselhos para vocês: talvez seja o momento de acender a luz! E, quando fizerem isto, todas aquelas coisas nas quais tropeçam serão seus tesouros. Alguns de vocês já fizeram isto. Nós sabemos quem está ouvindo e lendo. Alguns podem olhar para trás e dizer: “Eu mudei meu passado. Eu mudei meu passado.” Abençoados sejam aqueles que estão se movendo para aquela dimensão!

Para com a Sociedade

Qual a sua responsabilidade para com a sociedade... para com aqueles ao seu redor? Qual é a sua responsabilidade para com aqueles que competem com vocês, aparentemente pelas mesmas idéias, dentro de sua sociedade? Qual é a sua responsabilidade para consigo mesmo? Alguns de vocês estão portando energias – informações que foram dadas a vocês, e estão carregando-as sozinhos. Qual é a sua responsabilidade neste caso? Eu direi: vocês acham que são apenas portadores? Honrem o que vocês têm, mas e o resto? E os outros que também são portadores? Sacerdotes, vocês isolam o que têm e protegem? Ou vocês vêem as outras idéias e caminhos espirituais e tentam descobrir como eles funcionam com os de vocês? Rabis, vocês podem cantar no coro? Honrem os outros que também têm seu trabalho. Abençoem os outros de tal forma que eles possam se ver refletidos em vocês, e vice-versa. Atem os nós. Nós já falamos sobre isto antes. Como a orquestra pode tocar enquanto tantos líderes insistem em ter uma carreira solo? Como a orquestra pode tocar quando tantos líderes insistem em ser solistas? Vocês precisam tocar juntos. (Aqui Kryon está falando sobre as múltiplas religiões da Terra, e como elas tendem a se fechar em suas próprias caixas e nunca honrar as outras.)

Para com a Família

Qual a sua responsabilidade para com a família – a família biológica? Eu quero dizer os irmãos, as irmãs, os primos, as mães e os pais? Oh, Humano, esta responsabilidade nunca mudou. Este é o pilar do que Kryon vem falando... e vem sendo repetido constantemente. A primeira parábola dada a vocês foi a “Parábola do Poço de Alcatrão”. Então, permitam-me dizer qual é o significado desta parábola: se todos ao seu redor estiverem se afundando na lama, eventualmente alguém irá notar que vocês se transformaram em um diamante puro! Eles vão querer saber como o diamante se tornou diamante, e por que o diamante não é tocado pela lama! Eles irão notar vocês.

Então o que vocês podem fazer por sua família? Acendam a luz! Deixem o tesouro se revelar. E aqueles ao seu redor? Eles perceberão. Eles podem não ver os tesouros que apenas vocês podem ver, mas eles verão vocês! Haverá aqueles que de repente irão dizer: “Eu realmente quero ser igual a você!” Pode até haver aqueles em sua família dos quais vocês já desistiram. Eles nunca entenderão que aquilo em que vocês acreditam foi vocês mesmos que escolheram. Meus queridos, eles não precisam entender vocês! Talvez amar vocês seja o mais próximo que chegarão de Deus! Alguns, muito próximos a vocês, podem dizer: “Eu me apaixonei por você de novo porque você mudou.” Acreditem. E o que pensam que realmente mudou? Vocês apenas acenderam a luz e mudaram o passado. Sim, alguns vão se afastar da luz e deixar a sua vida. Acreditem-me, é apropriado que seja assim.

Para com os Forasteiros

Qual é a sua responsabilidade neste círculo de responsabilidades, para com os forasteiros? Quem é o forasteiro? É aquele que faz chacota de vocês. Talvez seja aquele que deseja destruir vocês. Eu já disse antes: vocês verão muito disso. E, queridos seres humanos, não vai se originar de onde vocês esperam. Vamos rever o que dissemos a vocês há quatro anos. A maior oposição ao acender das luzes será a dos Trabalhadores da Luz que estão na escuridão. Haverá cisões de consciência até mesmo dentro do movimento ao qual chamam de Nova Era. Alguns seguirão seu próprio caminho, e vocês seguirão o seu. Alguns os chamarão de mal porque acenderam sua luz e isto os cegou. Eles temem o que não podem experimentar. Vocês se tornarão extremamente brilhantes e eles não entenderão. Quando eles não puderem mais focalizá-los, irão afastá-los como sendo o mal, de acordo com sua maneira de pensar.

Aqui está o nosso conselho com relação aos forasteiros: não tentem mudar o jeito deles. Honrem o livre arbítrio, mas não deixem que eles mudem vocês, a menos, é claro, que esta seja a sua escolha. Mantenham a integridade do que acreditam e que descobriram como a sua verdade. Deixem-os ir... e que sigam em seu próprio caminho. Mesmo aqueles que são seus amigos. Rompam os apegos, pois vocês estarão mais livres. Lembrem-se disto, queridos seres humanos... para eles, vocês são os forasteiros. Vale para os dois lados, e relembrando: é irmão contra irmão. A família ainda é uma, não importa no que cada irmão acredite.

Para com a Terra

Qual a sua responsabilidade para com a Terra? É importante que ouçam isto. Os indígenas sabiam. Todos os indígenas do planeta sabiam. Era uma informação intuitiva, não importa se fossem norte ou sul americanos, polinésios ou europeus, australianos ou africanos. Todos eles sabiam! Eles sabiam que a Terra está viva! Tem consciência. Eles sabiam que vocês podem falar com ela e ela com vocês. Eles sabiam que, se vocês a honrarem, ela os honrará em troca... e que vocês nunca poderiam receber mais do que deram. A Terra é uma entidade vibrante e viva. O que podem fazer pela Terra? Eu direi: reconhecê-la diariamente! Por que vocês não buscam um conselho e uma dica com aqueles que caminharam sobre a Terra neste mesmo lugar? Pela manhã, eles saudavam o oeste, o norte, o leste e o sul. Estas são as linhas da malha magnética! E eles sabiam. Saúdem a Terra. Vocês terão um dia melhor por causa disto. Estarão em harmonia. E não é novidade dizer que estariam “em harmonia com a natureza”. Mas este é o objetivo. Isto é o que podem fazer pelo planeta... sua responsabilidade é amá-lo.

Para com o Ser

Chegamos ao último... ou será o primeiro? Qual é a sua responsabilidade para com o Ser? O que podem fazer por si mesmos? É aqui que o círculo se completa. O círculo das responsabilidades termina onde começou. Saibam que vocês são Deus! Qual é a sua responsabilidade para consigo mesmos? Saibam que vocês são Deus.



KRYON canalizado por Lee Carroll - Newport Beach, Califórnia - 8 de dezembro de 2002

A CELEBRAÇÃO! – E AGORA, O QUE VEM A SEGUIR?

sábado, 20 de outubro de 2007

OS DOIS CAMPONESES

Era uma vez dois bons camponeses. Cada um deles era proprietário de um campo de cultivo que podia trabalhar sozinho, sem ajuda de ninguém. Mas esse trabalho ocupava todo o seu tempo, e trabalhavam duro para poderem colhê-lo. Os dois camponeses eram divinamente humanos e honravam apropriadamente a Terra.
Isso criava uma boa associação com a Terra, e eram recompensados com boas colheitas todos os anos, podendo sustentar-se a si e as suas famílias. Utilizavam pessoalmente uma parte da colheita e vendiam a outra parte no mercado para proporcionar sustento e abundância para as suas famílias. Tinham boas vidas.

Um dia apareceu um homem santo em cada um dos seus respectivos campos, afirmando trazer-lhes uma mensagem de Deus. Os dois camponeses mostraram-se interessados, e escutaram atentamente a mensagem. O mensageiro disse que os dois eram ternamente amados, e que, graças ao seu trabalho duro, tinham ganhado o poder de multiplicar por dez a sua colheita. Era a sua recompensa, e a partir de agora tinham o poder de manifestá-la. Para ativar o novo poder, a única coisa que precisavam fazer era eliminar a plantação anterior que já crescia nos seus campos. Deviam cobri-la arando novamente o campo, sem deixar nada da velha plantação de pé. Além disso, deviam retirar as raízes para eliminar os parasitas e os fungos, e se livrar de qualquer impureza que encontrassem. Quando tivessem feito isto, voltariam a plantar imediatamente novas sementes. Como antecipação do seu novo poder, o mensageiro disse que Deus alteraria as estações, que lhes ofereceria mais sol e mais chuva sempre que fosse apropriado, que lhes protegeria da seca e que reformularia os atributos da agricultura tal como a conheciam, para lhes permitir o uso deste novo dom. Continuariam, no entanto, a ser responsáveis pelo cumprimento do duro trabalho do campo, mas o novo dom faria com que o resultado fosse muito melhor.

Era o momento em que a velha plantação estava a ponto de ser colhida. Os dois camponeses tinham plantas altas, já preparadas para serem cortadas e vendidas no mercado, o que lhes permitiria ganhar o sustento para todo o ano seguinte, assim como poderiam comprar as sementes para a plantação da temporada seguinte. Os dois camponeses mostraram-se vacilantes em destruir a velha plantação e, com isso, perder a sua segurança para a temporada seguinte. Afinal de contas, que mal haveria em fazer a colheita e utilizar o seu novo poder mais tarde? Esta plantação estava quase preparada, e voltar a plantar novas sementes não serviria para nada nesta época do ano. Qualquer camponês sabia que as sementes não cresceriam agora.

O primeiro camponês consultou a sua família acerca da mensagem recebida, e pediu-lhes conselho. Depois de pensar muito no que tinham ouvido do mensageiro, tanto ele como a sua família decidiu que Deus não lhes causaria qualquer prejuízo, e que o melhor era seguir a mensagem ao pé da letra. Assim, destruiu a plantação madura, tal como tinha sido especificado, e voltou a arar a terra completamente. Procurou todas as impurezas, eliminando-as cuidadosamente e imediatamente voltou a plantar os campos.

O segundo camponês, ao contrário, não acreditou no mensageiro, e preparou-se para fazer a colheita, como habitualmente fazia.

Pouco depois vieram as chuvas. Isto abalou muito os dois camponeses, pois, até aquele momento, jamais tinha chovido naquela época do ano. A chuva regou as novas sementes do campo do primeiro camponês, e inundou a plantação já madura do segundo.

Então chegou o vento, como nunca tinha soprado naquela época do ano. A plantação do primeiro camponês começava justamente a crescer graças à chuva, e o vento não pôde arrancá-la. O que sobrou da plantação inundada do segundo camponês foram as plantas mais altas, e o vento arrancou-as com facilidade e levou-as para longe.

E assim, a plantação do primeiro camponês cresceu até alcançar uma quantidade e uma altura que ele jamais tinha podido imaginar, e regozijou-se com o seu novo poder para criar uma colheita abundante, tal como o mensageiro tinha previsto. O segundo camponês, pelo contrário, perdeu a sua velha plantação e teve que esperar um tempo para poder se realinhar com as novas estações, para poder voltar a plantar as suas sementes, sentindo-se inseguro e ansioso acerca da alteração das temporadas, que não estavam previstas. Por ser um homem de Deus, o primeiro camponês celebrou a sua abundância, oferecendo-a ao segundo camponês. Este, por sua vez, compreendendo os métodos da Terra, aceitou a oferta do primeiro camponês, sem orgulho nem ressentimento pela sua decisão. Os camponeses e as suas famílias trabalharam as terras até que o segundo camponês teve a oportunidade de plantar as suas sementes na nova estação.

Fonte: Livro IV – As Parábolas de Kryon.

Queridos humanos

Eu sou Kryon e estou em serviço para toda a humanidade.

Que prazer sentimos agora em continuar nos comunicando com vocês através de nosso porta-voz! Ele é um dos tantos que podem interpretar adequadamente a mensagem pontual que desejamos lhes transmitir Agora... no agora de cada um.

Sabemos que todos vocês estão pressentindo que algo está se desenvolvendo no espaço-tempo da sua realidade, mas não sabem como interpretá-lo corretamente.

Isso é natural, queridos e queridas, porque vocês são criaturas duais ancoradas em um sistema perceptivo que lhes induz a se questionarem todo o tempo sobre as suas conquistas, sobre o que lhes rodeia e sobre o que poderia lhes ocorrer amanhã ou depois de amanhã.

Esse sistema perceptivo é o causador da sensação de um inexplicável e ancestral medo a algo que não podem controlar, esperar, prevenir, antecipar, enfim... Poderíamos comparar com o medo do escuro, com o medo, literalmente, da noite mais escura e profunda que vocês conseguiriam imaginar.

O atributo do medo

Quando vocês estiverem em um lugar desconhecido e absolutamente escuro, sabe-se bem que a sua mente costuma trazer lembranças ruins, fazendo-lhes imaginar o que poderia acontecer... E adivinhem? Tudo o que vocês costumam imaginar nesse estado tende a ser “ruim”, nunca ocorre o contrário. O medo do escuro lhes induz a pensar que estão em perigo... e essa “suposição” pode chegar a se transformar em medo do desconhecido, em medo daquilo que não conseguem ver ou identificar.

Repito-lhes: é um atributo natural e é algo intrínseco à humanidade do ser. Sabemos muito bem que não é fácil vocês começarem a se desapegar completamente dessa sensação atávica: poderia ser mais forte que a sua vontade, por mais firme que esta pudesse chegar a ser. Porém, queremos dizer que vocês podem treinar-se para que esse atributo não lhes afete mais do que o mínimo necessário.

“Como isto é possível? Como fazemos, Kryon, se somos continuamente bombardeados por informações que, diária e repetidamente, alimentam nossos medos mais elementares? De manhã, desde muito cedo, a televisão se encarrega de nos daras notícias ruins” de todos os dias e, cada vez que nos cruzamos com alguém, o comentário que é feito tem a ver com algo ruim que está acontecendo na vida dessa pessoa ou de sua comunidade.”

Ah, meus queridos! Podem perceber que essa tramóia que lhes rodeia foi articulada por vocês mesmos? Percebem que o seu próprio sistema perceptivo lhes conduziu a se concentrarem “naquilo que poderia estar mal”, ao invés daquilo que poderia estar bem? E, agora, será possível reverter esse processo?

Sim, queridos! Permitam-me dizer que reverter os efeitos deste poderoso atributo humano faz parte do processo de transmutação que a humanidade deverá ativar para que a sua realidade dimensional vibre em um nível mais elevado.

As alternativas do Agora

A mudança do sistema perceptivo humano começa com a mudança do paradigma da realidade que lhes rodeia. Apesar de esta realidade ser aquela que vocês chamam de “evidente” – porque é a que percebem – há outras realidades que estão vibrando ao mesmo tempo. Ainda que vocês não consigam percebê-las assim, são tão reais como a que agora podem contemplar ou tocar.

Na verdade, todas estas realidades alternativas são as prováveis possibilidades de tudo o que está acontecendo no seu contínuo Agora.

Quando vocês se apegam ao que acontece, é porque se agarram perceptivamente em uma possibilidade que lhes parece única e irreversível. Que tal se começarem a se treinar com a mudança de paradigmas, simplesmente imaginando outras possibilidades para o seu Agora, por mais descabidas que possam ser?

O que acabo de lhes dizer já foi repetido muitas vezes através de numerosos porta-vozes que interpretaram a mensagem reiterada que o Espírito deseja gravar no subconsciente de vocês, para transformá-la em um verdadeiro padrão de conduta, ou, dito de outra forma, em um verdadeiro atributo interdimensional: nada é definitivo, tudo é mutável; não existe só uma realidade, há muitas possibilidades; nada permanece gravado eternamente sobre a pedra, pois até a pedra está sujeita à erosão, com o tempo... e, como já se viu e comprovou, o ser humano sabe como esculpir sobre pedra... Então, medo do quê?

Sejam escultores de sua própria realidade!

Peguem o cinzel com as suas possibilidades, golpeiem-no com o martelo das suas ilusões e esculpam, literalmente, suas próprias realidades – uma e outra vez – na pedra interdimensional do tempo. Aprendam a dar asas a sua imaginação, sintam-se orgulhosos das suas próprias criações e encham o Jardim da sua Vida com lindas criações interdimensionais que representam tudo aquilo que vocês mais desejam.

Asseguramos que as suas criações nunca expressarão algo diferente da sua essência espiritual. Elas nunca serão diferentes daquilo que vocês vieram desenvolver como verdadeiros criadores de realidades tridimensionais.

“Disse 3D, Kryon? Mas, eu pensava que o ser humano vinha para este planeta somente para transcender espiritualmente...

A Academia do Espírito

Sim, humano querido, você vem para transcender espiritualmente... mas não se esqueça que vem fazer isto na sua própria existência tridimensional. A 3D é o seu cenário, espaço onde está armada toda a trama necessária para que você se movimente e interaja com todos os atores que atuam no seu filme, na sua superprodução.

Querido, você é o ator principal da sua obra tridimensional e, para realizar cabalmente o seu papel, dispõe de todas as condições necessárias para executar a mais brilhante das suas atuações, aquela que lhe outorgará a indicação ao “Oscar da Academia do Espírito”.

Diferentemente do que ocorre no cenário dos seus famosos prêmios “Oscar”, na Academia do Espírito não se ganha só um Oscar pela melhor interpretação espiritual. Há prêmios para todo tipo de desempenho espiritual... e, ao contrário da sua academia, na nossa todos somos ganhadores, todos somos premiados pelos papéis que representamos, pois todos – vocês e nós – somos os participantes de uma grande superprodução chamada “Tudo o que É”, onde cada um é o seu próprio diretor dentro do seu segmento de realidade. Por sua vez, cada segmento de realidade é processado “no tempo real” por um grande equipamento de corte e edição que mistura todas as fotografias do seu filme para que eles tenham uma continuidade no seu tempo linear.

Diretores da sua própria realidade

Vocês não conseguiriam imaginar como pode ser tão complexo o nosso equipamento de corte e edição, pois o tempo real está cortando e organizando todas as fotografias que vocês – atores e realizadores de si mesmos – vão processando ao atuar ou dirigir o seu próprio filme.

Qualquer um que conheça a indústria de cinema poderia supor que esse equipamento de edição trabalharia no meio de uma confusa situação de “mando e desmando”, entre segmentos de áudio e vídeo confusamente distribuídos... mas não é assim. Nada disso ocorre, porque vocês, os produtores, estão perfeitamente sincronizados entre si, e, ainda que não saibam ou não entendam como, quando um de vocês muda ligeiramente o roteiro do seu filme, simultaneamente ocorrem ligeiras modificações nos roteiros de todos os outros filmes que estão relacionados com o seu.

Humano, por acaso pensa que o seu filme é o principal? Não, nenhum é. Esse é o milagre! Todos vocês são Martin Scorsese, Forest Whitaker, Helen Mirren, Jennifer Hudson, Alan Arkin... Todos vocês são premiados pela Academia do Espírito com o prêmio de melhor atuação, de melhor diretor, de melhor roteirista, de melhor trilha sonora, de melhor ator coadjuvante... e paremos de contar.

O que interrompe um criador de realizar os seus próprios sonhos? Nada: o limite é aquele que pode ser imaginado e colocado na tela. Nas suas telas de cinema tridimensional já viram a realização de todos os milagres que um ser humano gostaria de realizar e já sonhou em realizar. Sabem o que lhes separa da sua tão desejada realidade? Nada. Os seus sonhos, humanos, foram transformados em realidade porque, ao criá-los primeiramente no papel, materializaram-na em um determinado nível de realidade: a visual.

Kryon, está dizendo que o ser humano está a um passo de realizar as suas maiores fantasias?

Claro que sim, humano! A realização dos seus sonhos tridimensionais está diretamente relacionada com a sua capacidade de sonhar de olhos abertos e de sentir que os seus sonhos estão vivos no seu coração.

O segredo

Vamos contar um segredo...

Quando vocês estiverem construindo o seu filme e desejarem mudar algum ponto do seu roteiro, façam isso visualizando que a mudança implicará, automaticamente, alterações em todos os roteiros da humanidade. Mudem o seu roteiro visualizando que todos os membros envolvidos no seu filme estarão tão afinados e conectados entre si, de tal forma que basta que um mude uma linha de diálogo para que outros adaptem os seus a essa mudança. Visualizem que essas mudanças acontecem com naturalidade, com espontaneidade, sem drama ou dor...

Aprendam a visualizar como a mudança de roteiro do seu filme pode chegar a modificar a superprodução do mundo. Observem como, efetivamente, o seu filme sai editado e imediatamente começa a se projetar em todos os cinemas da sua realidade tridimensional.

Ensinem os outros a deixar de fazer filmes de guerra, de desastres, de destruições massivas ou de holocaustos. Ensinem, ao contrário, a produzir filmes sobre o mundo melhor que vocês desejam ter. Façam com que vejam a conveniência de editar ou cortar cenas trágicas e finais cruéis e dramáticos. Incentivem as pessoas a sonharem com finais felizes!

O sonho de um final feliz é a sua própria realidade

Vocês, ao serem produtores, diretores e atores de seu próprio filme, têm o poder de mudar o final dele. Queridos, não devem ver o sonho de um “final feliz” como se fosse uma utopia irrealizável. Ao contrário, esforcem-se para perceber como uma linda realidade que se encontra no seu leque de possibilidades. O final deve ser feliz...

É conveniente esclarecer que definimos a palavra “final” como um momento atual (um dos prováveis momentos) que se conclui para dar espaço a outro novo momento... que também se concluirá de forma harmoniosa e feliz... no seu momento apropriado!

Lembrem-se que não há UM final, não há UM momento, não há UMA realidade... Incentivamos vocês, muito ternamente, a acreditar que existe uma continuidade que nunca se termina, uma mesa de corte, edição e montagem que nunca descansa, construindo os filmes de todos os realizadores da Eternidade.

A fábrica de sonhos

Dizemos mais... Hollywood, a metáfora fábrica de sonhos da sua realidade tridimensional é a imagem em 3D da Nossa Fábrica de Sonhos! Tudo o que estiver acima está abaixo? Pois sim... Ainda que a indústria de cinema não saiba cabalmente, ela representa a visão humana do potencial de sonho que vocês possuem e a capacidade de fazê-los tangíveis no seu espaço-tempo.

Digamos que a indústria de cinema é uma verdadeira escola que ensina os humanos o fato de que todos os seus sonhos são realizáveis. Os produtores, diretores, atores, técnicos e outras pessoas que trabalham nela são os verdadeiros professores interdimensionais desta escola.

Ah, que linda metáfora! Através dela, desejamos fazer com que vocês percebam que, por trás da imagem de superficialidade em que o mundo humano se disfarça no cinema, existe uma poderosa motivação interdimensional que opera através de verdadeiros mestres da Arte do Pensamento Criativo e Construtivo. Procurem despojar estes mestres de seu verniz superficial e de seus pecadinhos humanos... e, diante de vocês, surgirão as figuras de verdadeiros criadores interdimensionais, simplesmente disfarçados de humanos, que cumprem impecavelmente o contrato que vieram cumprir: ensinar os outros a sonhar com os olhos bem abertos.

Voltemos ao Final Feliz

A humanidade sonha sempre em viver um “final feliz”... mas, o que é, na verdade, um final feliz?

Em princípio, um final feliz é o final que cada um de vocês, humanos em experiência tridimensional, deseja para a sua própria realidade. A sua superprodução tem o potencial para aproximadamente uns 6.500.000 finais felizes (tantos roteiros e filmes quanto habitantes que existem atualmente na Terra). Porém, todos vocês poderiam acabar alcançando o seu final feliz? Seria isto plausível na sua realidade tridimensional?

Nós lhe asseguramos que é possível!

Em primeiro lugar, cada um de vocês é responsável por seu filme, mas, também, não é menos certo que cada um dos seus roteiros pode modificar as outras produções. Pelo fato de estar tudo entrelaçado – como puderam perceber através da visão do nosso grande equipamento de corte e edição – cada ato que vocês realizam vem a ser a causa de um efeito. Conseqüentemente, a nossa grande superprodução é, em verdade, uma grande cadeia de causas e efeitos... onde o final feliz de uns é obra ou conseqüência de uma interpretação certeira ou uma direção adequada de outras pessoas – não necessariamente a sua própria.

É por causa disso que todos vocês – e nós, logicamente – somos os protagonistas desta grande superprodução, somos todos sócios dela e, por isso, somos membros de uma mesma equipe. Em sendo assim, o resultado final para a equipe ganhadora não representaria o trunfo de todo o grupo? Pois é claro que sim!

Para que haja um final feliz – um final feliz em cada filme e O FINAL FELIZ na nossa superprodução – todos temos que participar dela, através do papel protagônico que cada um de nós esteja desempenhando. Por ser um “papel” - e o destacamos – que importa o papel que devemos assumir... se, no fim, o papel que desempenhamos terá colaborado com o êxito de uma grande superprodução digna de se ganhar todos os prêmios Oscar do Universo?

O final feliz de nosso filme dependerá de que cada um de vocês desempenhe o seu papel impecavelmente. O papel que cada um interpreta foi concebido pelo Grande Diretor. Cada um de vocês sabe o quê e como fazer. Mas, cada um também sabe que pode improvisar a sua própria trajetória e pode ajudar outras pessoas a melhorarem as suas interpretações, que é feito freqüentemente pelos grandes atores dos seus filmes tridimensionais, quando eles ajudam os seus colegas... assim como a tarefa dos colegas é dar destaque à trama mestra que o ator principal protagoniza. O ponto central é a colaboração.

Queridos humanos, levem a cabo o seu papel protagônico com integridade e impecavelmente, lembrando que, algumas vezes, vocês serão mais protagonistas do que outros e, por conseqüência, serão apoiados por uma excelente equipe, enquanto que, em outras ocasiões, deverão ajudar a equipe a se destacar.

Lembrem-se que um protagonista não se qualifica por “sobreviver” ou é desclassificado por “morrer” no final da produção: quando isso ocorre, todo o mundo sabe que se trata simplesmente do papel que lhe tocou desempenhar para que o seu filme ganhasse o Oscar. E, se não entenderam adequadamente, perguntem a Leo DiCaprio, Matt Damon e Jack Nicholson o que sentiram durante a noite da premiação, ao presenciar o triunfo de um filme que ajudaram a ganhar um troféu com as suas interpretações, ainda que tivessem que encenar a sua própria morte...

Esperando-os ao pé do Tapete Vermelho

Ah, queridos! Se soubessem como se parecem entre si a noite do “tapete vermelho” e as premiações do seu Oscar com a nossa Cerimônia de Boas-Vindas no Grande Salão... onde toda a Família Espiritual se veste com as suas melhores roupas e cores para dar as boas-vindas ao lar e premiar a atuação de cada um de vocês pelo retorno da sua experiência tridimensional.

As noitadas de premiação das nossas superproduções também são assim, sabiam? Não importa quais papéis interpretaram, se foram heróis ou bandidos, se sobreviveram ou morreram, se enganaram ou foram solidários... No fim, todos nós nos encontraremos ali, no Grande Salão, recebendo o nosso Oscar Espiritual como tributo pelo nosso desempenho.

Ah, certamente... estou interpretando um tal de Kryon. Como estou me saindo? Confesso que, às vezes, me sinto um pouco como o seu Agente Secreto 007, James Bond, papel estelar que já teve vários intérpretes em diferentes épocas... Que coisa esse negócio de comparações, não é mesmo? Enfim...

Não tenham medo de desempenhar o papel que lhes tocou, tampouco fiquem apreensivos pelo suposto final do filme, pois é só mais uma superprodução. Nas próximas jornadas de premiações, certamente estaremos celebrando outro filme ganhador, onde vocês também terão sido os atores agraciados pela interpretação de um papel que, talvez, seja diametralmente oposto ao de agora.

2007: ano de transição

Como dissemos através dos nossos porta-vozes, a sua realidade tridimensional deverá atravessar este ano um marcador que recolhe, que concentra a energia de nove anos transcorridos a partir de 1998. Esses são os potenciais.

Quando se chega a um marcador como esse, é oportuno esperar que a energia se desenvolva por si mesma, contraindo-se para logo após se expandir. É o movimento que todos deverão esperar deste processo natural que chamam de cíclico. O ano de 2007 é um ano de transição. “Transição” é o título desta parte do roteiro do seu filme chamado “Humanidade”.

Durante esse processo, “mudança” é a palavra chave que vocês deverão ter presente. Quando falamos de mudança, fazemos isso com a premissa de que estamos falando de um evento de mudança que afetará todo o conjunto humano (não somente as individualidades).

A partir do próximo ano, ocorrerão mudanças que lhes prepararão para poder acessar novos processos evolutivos. Para acessá-los, a humanidade deverá usar esse período de transição para se desfazer de antigos hábitos energéticos acumulados durante o período de nove anos que está se concluindo, os quais já não são mais necessários, pois atingiram a sua finalidade. Então... preparem os seus roteiros! Esse desapego abrirá espaço para aquilo que deverá ocupar esse vazio. Contrair e expandir é sinônimo de movimento. É assim que o Universo opera e é assim que a vida se mostra diante dos seus olhos. Não há nada novo nisso, não é mesmo?

A mudança que a humanidade deverá empreender está relacionada com a busca de um equilíbrio entre os hemisférios direito e esquerdo. O grande marcador com o qual a humanidade deverá se deparar está intrinsecamente ligado com a conquista de um equilíbrio adequado entre o uso das emoções e da racionalidade. Ambos aspectos, adequadamente canalizados, terão o potencial idôneo para fazer surgir uma humanidade que possa exercer sabiamente a sua própria inteligência emocional.

Esse período de transição deverá afetar o conjunto da Mãe Terra e os seus habitantes. Assim como os seres humanos deverão se desapegar daquilo que já não precisam, a Mãe Terra também fará isto, do seu modo. Assim como um cachorro sacode vigorosamente o seu pêlo depois de um banho, a Mãe Terra se sacudirá e, do seu jeito, fará com que saibam que está se desprendendo daquilo que já não é mais necessário manter. Ela tem o seu modo de fazer, vocês sabem... e não há nada de novo no que dissemos. Talvez a novidade seja falar disso com antecedência.

Esse período de transição afetará tanto a Mãe Terra como as células do seu corpo, que são vocês. Isso quer dizer que as mudanças que vocês verão acontecer terão sido conseqüência das causas que as originaram. A forma como a humanidade se comportou perante a Mãe Terra durante estes últimos nove anos gerará os efeitos desta intervenção. Retomando a nossa analogia, todos os roteiros da humanidade estarão incluídos “neste final”.

Em virtude de tudo o que está vinculado – causa e efeito – as reações da Mãe Terra deverão estar direcionadas para acabar com posturas cientificamente (ou racionalmente) radicais, aspectos extremos do tema que a humanidade deverá enfrentar durante o seu período de transição.

Sabem qual é o desafio que terão como humanidade? Fazer com que o seu mundo perceba que a relação que vocês têm com a Mãe Terra é exageradamente tecnológica e carente de respeito e agradecimento filial à entidade que abriga e sustenta. Certamente, já estão ocorrendo eventos relacionados...

Bem, queridos humanos. Já dissemos o que deveria ser dito... e vocês já sabem disso... Assim, utilizem esta informação que demos e façam o que realmente interessa: sejam vocês mesmos, ajam como se sentirem melhor, sonhem, construam os seus roteiros com os seus sonhos, produzam o seu filme, colaborem nas produções dos outros e confiem que tudo o que lhes acontece é resultado dos seus sonhos e do sonho conjunto de uma humanidade que, do fundo do coração... deseja ter um Final Feliz!

E eu, Kryon, lhes asseguro que – há eras – venho desempenhando um papel que colabore para que todos nós possamos ter um tão sonhado Final Feliz.

Kryon
Canalizado por Mario Liani

terça-feira, 16 de outubro de 2007

EXPECTATIVAS SOBRE O FUTURO – PRECONCEITOS

Recordem o conselho: “Não pensem como humanos!”. A presunção e o preconceito humanos freqüentemente misturam ou filtram o que um vidente pensa que está vendo. Quando o vidente atravessa o véu, ele não recebe automaticamente “a mente de Deus”. É mais do que isto. Ele chega com algumas expectativas, lógicas e intelectualizações que são unicamente humanas. E, assim, analisa as coisas que vê com o seu intelecto humano e com a lógica da experiência, expectativas e presunções humanas. Estes preconceitos só corrompem a percepção do que é realmente a verdade daquilo que está sendo mostrado ao vidente.

Deixem-me dar um exemplo de como isto seria. Imaginem que vocês são como um ser humano de 6.000 anos atrás, neste planeta. Por um milagre, um vidente desta sociedade pôde ser transportado para a época atual e pôde passar 3 minutos parado, observando uma das suas grandes cidades no ano de 1.998.

Magicamente, ele passa através do buraco no véu, regressa e pára na frente de vocês. E vocês pedem para ele contar o que viu no futuro. Vocês esperam a informação segurando a respiração: “Como é o futuro? O que acontecerá?”.

1. “A primeira coisa que ele informa é que no futuro não há comida. “De verdade?”, vocês perguntarão. “Oh, sim! Sei disto porque observei que não havia nenhuma plantação nos campos próximos das casas. Não há comida, simplesmente desapareceu! Nenhuma plantação significa nenhuma comida. Além disso, os humanos sabem que as pessoas precisam dos campos para semear e para fazer crescer a comida!”.

2. “Oh, não poderão acreditar! Os animais foram extintos! Não há cavalos, não há gado. Todos desapareceram. Provavelmente foram usados como alimento quando os campos começaram a desaparecer... quem sabe a razão... Olhei ao redor e não vi animal algum, nem um só! Mas isto não é o pior!”. “Diga-nos... o que é o pior?”.

3. ”Oh, vocês não vão querer estar no futuro que eu vi”, dirá o vidente aterrorizado, “pois a Terra foi invadida por criaturas que parecem caixas, de muitas cores e que viajam em estradas feitas, obviamente, para conseguir os seus obscuros propósitos, e não é só isto! Cada uma destas criaturas que parecem caixas comeu pelo menos um ser humano! Posso afirmar isto, pois quando pude espiar dentro destas criaturas semi-transparentes, os humanos que estavam empilhados ali, pareciam estar muito aborrecidos!

E, assim, o seu vidente se torna o guru da tribo, e todos juntos sentem um grande medo do futuro. Os aldeões não possuem a mínima idéia de como estão errados nas suas interpretações sobre aquilo que tão imperfeitamente viram.

Ainda que isto possa ser visto como cômico por vocês, isto é exatamente o que surge quando alguém é transportado através do véu. Pois o que os seus videntes vêem não tem sentido, porque ele só está observando o que conhece. Por causa das expectativas e experiências humanas, o vidente de 6.000 anos atrás não poderia, jamais, entender as invenções de hoje e as mudanças na sociedade que lhe dão a idéia de que a comida e os animais desapareceram. E usaria o que conhecia, extrapolando o seu significado – e isto resultaria comicamente equivocado, por causa dos seus preconceitos baseados nas suas experiências e presunções.

Isto já ocorreu, meus queridos. Não faz muito tempo um dos seus videntes voltou informando que o eixo da Terra ia ser modificado na Nova Era. Isto foi visto como um evento catastrófico e criou muito medo. Na verdade, o que ele viu foi o trabalho que o grupo de Kryon estava fazendo, inclinando as malhas da Terra, mudando as suas propriedades magnéticas para permitir uma maior grau de consciência e de iluminação para o seu planeta! Portanto, um aspecto de amor foi visto e informado equivocadamente como um de drama! Podem ver isto?

Como pode acontecer algo assim? Porque o vidente não entendeu ou viu que era a malha que estava sendo movida e não o planeta inteiro! Além disso, quem poderia imaginar uma mudança de malha? Era muito mais fácil e lógico informar uma inclinação no eixo do que uma mudança na malha.

O fato é que ambos eventos pareciam iguais diante do olho do vidente que estava confuso por causa das multi-dimensões e do tempo multi-espacial. Há muitas outras previsões deste tipo. Uma é a de que, ainda desta época, um vidente, olhando para o ano 2.012 disse: “Oh, é terrível! Restam pouquíssimos humanos e os poucos que ficam fazem pilhagem para conseguir o que comer!”.

Este vidente viu algo que ele não compreendeu – um futuro potencial maravilhoso para a humanidade. Ele viu seres humanos não iluminados vivendo em sociedades de alto nível vibracional. Ele viu o futuro potencial para vocês: de grande vibração-estado de ascensão com uma biologia de alto nível vibracional e corpos avançados ascensos. E isto estava, simplesmente, invisível para a sua vista! Ele não saberia o que fazer com isto na sua interpretação, se tivesse visto, e não saberia como informar tal coisa. Eles nunca apareceriam como alguém entenderia em 1.998. E, assim, os “humanos normais”, como ele esperava ver, eram os que não vibravam rapidamente, e restavam poucos! Portanto, um atributo maravilhoso, de glória e de amor, foi interpretado novamente como uma profecia catastrófica! Por que dizemos estas coisas? Para que entendam claramente que é quase impossível para qualquer vidente voltar do outro lado do véu e dar uma data certa ou tempo certo em que isto ou aquilo acontecerá. Algumas vezes os videntes terão sorte e para eles será mostrado algo que tenha sentido, porque estão na dimensão que eles esperam, mas muitas vezes isto não ocorre assim.

O que há com relação ao futuro? O que diz o Espírito sobre o que está ocorrendo agora com vocês? E o que acontece com as previsões? Há poucos anos o meu sócio canalizou para vocês uma mensagem de que iriam ter grandes mudanças climáticas e que deviam observá-las. Disse que a terra tremeria onde o milho e o trigo cresciam, e ocorreu assim. Disse que aconteceriam grandes mudanças nos lugares em que vocês tinham menos expectativas de que ocorressem, e assim foi. Falou da água que passaria a surgir nos lugares onde não existia, e assim foi. E desejamos dizer que haverá mais destas mudanças e aqui está razão, escutem:

É tempo de comemorar, pois as mudanças no planeta vêm em resposta às suas mudanças de consciência, já que, como dissemos anteriormente, a Terra é uma entidade viva e deve responder à consciência da humanidade que vive nela. É parte do sistema e trabalha junto com vocês. Cada um de vocês deve expressar a sua intenção de estar no seu lugar doce e não se assustem ao encontrar este lugar doce no meio de um aparente caos. Este poderia ser o caos do medo da velha energia, que serviu tanto para a humanidade. Mas por termos vocês aqui, isto ajudará a que mais humanos se movimentem em direção à Nova Era para enfrentar os seus atributos cármicos, em uma escolha do mais alto nível vibracional. Já que vocês, na sua iluminação, têm um maior conhecimento de que estes eventos são adequados, sabem, portanto, que não indicam o fim do planeta. Em compensação, vocês compreendem que só estão acontecendo ajustes amorosos, potencialmente temíveis por causa da sua humanidade, mas adequados e honrados pela sua mudança espiritual de vibração. Vocês entendem e podem ter paz durante estes eventos, como também podem irradiar paz para aqueles que estiverem ao seu redor.

A visão total dá a vocês paz para seguir adiante nestes períodos e saber que estar no seu “lugar doce” significa que vocês estão a salvo. Vocês estão em uma época magnífica. Cada um de vocês sabia disto antes de firmar o seu contrato, mas alguns de vocês ainda estão lutando com estes atributos, porque admitir que vocês ajudaram a criar este plano é difícil! Alguns de vocês chegaram a este ponto e têm medo, e nós chamamos isto de semente do medo, meus queridos, pois a última vez que vocês vieram e sentiram este tipo de mudanças planetárias foi no tempo da Atlântida. Dizemos que estes sentimentos estão em muitos de vocês e é o atributo do despertar de consciência que lhes atrai aqui para escutar ou ler estas palavras, neste momento. Ainda que muitos entre vocês possam pensar que não há muitos como vocês em comparação com o resto da humanidade, dizemos que os que estão aqui, ou que estão lendo isto, são aqueles que, quase com exclusividade, participaram naqueles tempos Atlantes e são os que estão fazendo o máximo para mudar o futuro do seu planeta.

Escutaram o chamado novamente e experimentaram o sentimento do lar novamente, só que desta vez será diferente. Prometemos, pois os que estão nesta sala e os que estão lendo estas mensagens não têm idéia das mudanças positivas que vocês já fizeram, só pelo fato de estarem aqui, mostrando interesse em elevar a vibração do planeta e da sua própria paz pessoal. O meu sócio se enche de emoção, porque o Espírito está felicitando-os, dizendo: “Obrigado a vocês!”. Vocês não sabem o que fizeram por nós, por todos nós! Por isto é que lavamos os seus pés! Há um grande plano, maior do que aquele que vocês conhecem, muito maior do que poderiam compreender. E não se trata só do planeta, mas do seu coração – é sobre o Universo, e é por isto que estamos tão excitados desta vez.
Vocês são tão ternamente amados!

KRYON

(Excerto do Capítulo 3 – O Humano da Nova Era – Livro Vi de Kryon – Associação com Deus)

sexta-feira, 12 de outubro de 2007


BERNIE, o pássaro que tinha medo de voar

Canalização de Kryon para as crianças ocorrida
ao vivo, Dallas, Texas, 1998 (Livro IX de Kryon – O Novo Começo)


Para crianças de todas as idades

Gostaríamos de contar a história de Bernie, um pássaro que tinha medo de voar. Queremos contar o que aconteceu, porque esta história maravilhosa foi narrada muitas vezes na terra dos pássaros. Todos os pássaros se lembram de Bernie, o pássaro que tinha medo de voar.

Bernie cresceu em um ninho extremamente alto. Freqüentemente vocês aprendem como os pássaros aprendem a voar. É algo espetacular, mas também dá um pouco de medo, porque a Mãe e o Pai pássaros empurram suavemente os filhinhos pássaros, quando estão prontos, para fora do ninho! Sabiam disto? Os pássaros caem, claro, mas logo percebem, de alguma forma, que alguma coisa lhes diz que devem abrir as asas, começar a batê-las e que, fazendo isto, logo o vento os elevará e... começarão a subir! É muito difícil caírem, depois de abrir as asas para voar. Seja como for, a Mãe e o Pai pássaros não podem ensiná-los a voar enquanto estiverem no ninho. Pensem no assunto! Não dá para voar muito em um ninho pequeno.

Bom, Bernie não queria ter nada a ver com este processo. Bernie estava presente, quando, em uma manhã bem cedinho, os pais empurraram a sua irmã para fora do ninho... e ele a viu cair, cair, cair. No último momento possível, a sua irmã abriu as asas e desatou a batê-las, como uma louca... E, finalmente, voou! Porém, Bernie ficou com a sensação que ela iria esborrachar-se no chão, antes de saber o que fazer. E ele ficou com muito medo daquilo. Ele não queria pensar, sequer, nessa coisa de voar. Bernie disse: “Não vejo qualquer razão para que eu precise voar. Algo está mal em todo este sistema.”.

Então, Bernie convenceu o seu irmão Bobbie de que todo aquele assunto do vôo era algo estúpido. Bobbie deixou-se convencer, desinteressou-se pela necessidade de aprender a voar e procurou a sua mãe para informar a sua decisão. Bobbie anunciou que não queria voar porque tinha medo e que, na verdade, não era necessário, já que o ninho era excelente e ele preferia ficar ali. A Mãe ficou olhando para ele durante certo tempo e, de repente... empurrou-o para fora do ninho! Bobbie caiu, caiu, caiu, caiu... até o momento em que abriu as asas e começou a batê-las, a batê-las... até começar a subir.

Bernie assistiu tudo isto. Era o mais novo, pois tinha nascido pelo menos dois minutos depois de todos os outros... e sabia que seria o próximo. Pensou: “Não me interessa se a minha irmã e o meu irmão passaram por isto. Ninguém vai empurrar-me para fora deste ninho, porque eu não sou obrigado a voar. Isto não é para mim!”. Portanto, Bernie precisava arranjar um plano.

Uma noite, enquanto estavam todos dormindo, Bernie encontrou um cordel. Era uma coisa que o seu Pai tinha trazido para ajudar a consolidar o ninho. Às vezes, quando se constrói um ninho, arranjam-se todo o tipo de coisas para torná-lo mais forte... e havia um cordel enterrado no meio dos pauzinhos e da palha do ninho. Bernie decidiu atar uma ponta do cordel a uma pata e a outra ponta a uma parte estável do ninho para que caísse só uns vinte centímetros e se salvasse da queda, se a mãe o empurrasse para fora quando ele estivesse distraído. (As crianças riam) Era um excelente plano!

O problema era que, como Bernie nunca tinha ido a nenhum acampamento de escoteiros, não sabia dar nós de pássaro. Entretanto, fez o melhor que pôde: deu um nó que pensou que funcionaria, escondeu-o cuidadosamente... e manteve-se sempre afastado da sua Mãe, quando ela andava por perto. Como tinha previsto, na noite seguinte, quando estava dormindo... a mãe empurrou-o para fora do ninho!

Funcionou! Caiu e o cordel agüentou! Ali estava Bernie, pendurado a uns vinte centímetros abaixo, suspenso no ar. Como estava escuro, a mãe pensou que Bernie já tinha chegado lá em baixo, batido as asas e aprendido a voar, pelo que voltou a dormir. Bernie, ficou lá, pendurado, em silêncio, pensando em como tinha sido inteligente. Depois, trepou pelo cordel com o bico e foi deitar-se no seu lugar quentinho. Estava muito contente por não ter que cair por ali abaixo e voar, como a sua irmã e o seu irmão. E adormeceu.

Na manhã seguinte, quando a mãe acordou, viu Bernie dentro do ninho, com o cordel amarrado à pata e tudo, e disse: “Bernie! O que isto está fazendo aqui?”. E ela (com o bico) apontou para o cordel que Bernie tinha esquecido de tirar da pata. Estava muito preocupada. “Parece que chegou o momento do Papai fazer algo!”, exclamou. “Espera aí, que ele já vai falar consigo sobre todo este assunto!”.

Bernie, pensou: “Que estúpido fui! Esqueci de tirar o cordel! Agora Papai vai se intrometer no assunto! Ufa!”.

De fato, o pai retornou ao ninho naquele preciso momento. Era um pássaro muito grande com um monte de plumas. Bernie tinha um pouco de medo dele por ser assim tão grande. Mas, como o Papai era um pai amoroso, perguntou: “Bernie, o que está acontecendo? Todos os pássaros voam. Olhe aqui, ao seu redor. Todos estão voando. É uma coisa típica dos pássaros e você precisa aprender! Por que não quer voar? Por quê?”.

Bernie pensou um momento e disse: “Tenho medo, Paizinho.”.

“E por que tem medo?”, perguntou o pai. “Olhe para a sua irmã e o seu irmão, olhe para mim e para a sua mãe... todos nós voamos. Olhe ao seu redor... os seus amigos voam. Os pássaros voam, Bernie. Você é um pássaro!

“Tenho medo, Paizinho... porque não há nada ali! Você diz que o ar sustenta as asas. Mas... é invisível. E quase que não funciona! Viu o meu irmão e a minha irmã quando caíram? Quase que não conseguiam!

O pai pensou durante um momento e disse: “Ainda que não consiga ver o ar, Bernie, ele estará debaixo das suas asas. Tudo o que precisa fazer é manter as asas abertas durante o caminho para baixo... e o ar irá empurrá-lo para cima. É assim que todos nós voamos. O ar é invisível, mas existe.”.

“Isso é magia, nada mais.”, disse Bernie. “O ar não pode ser visto. Não pode dizer que o ar existe se não pode vê-lo. Não existe e pronto! Talvez a magia funcione consigo e com a Mamãe, com o meu irmão e a minha irmã, mas eu preciso vê-lo antes de acreditar. O ar é invisível... Como saberei que não estão me enganando? Eu não sei como é que vocês voam... O que sei é que o ar não existe porque eu não consigo vê-lo.”.

Bernie fez uma pausa e continuou: “Paizinho, já sei!... Olha, pra que eu preciso voar? Gostaria de começar uma nova raça de pássaros chamada Pássaro Andarilho (Risos). Por que tenho que ser como os outros? Descerei, caminhando pela árvore, encontrarei uma minhoca e logo subirei pela árvore outra vez. Terei uma linda vida. Encontrarei por aí uma esposa de Pássaro Andarilho e teremos filhos de Pássaro Andarilho. Nascerá uma nova raça. Um dia olharão para o passado e dirão:Bernie deu início à grande raça chamada Pássaro Andarilho!”.

O pai de Bernie ficou olhando por muito tempo e disse para si mesmo: “Pássaro Andarilho?”. E revirou os olhos. “Bem, Bernie, creio que está na hora de ver Sigg.”.

“Quem é Sigg?”, perguntou Bernie, desconfiado.

“Bom, é o médico do bando, o doutor do cérebro.”. (Risos) “Vamos ter que trazer Sigg para vê-lo. Mas, Bernie, o pássaro doutor do cérebro é muito sensível. Quando ele chegar, não se engane.. não lhe chame de doutor Cérebro de Pássaro.”. (Risos)

“Pai, não me interessa o que o Dr. Sigg vai me dizer. Ninguém pode convencer-me de que o ar é real, pois eu não consigo vê-lo!”

Então, aconteceu. Nesta noite, tarde, e enquanto Bernie dormia, a sua mãe se aproximou silenciosamente e, lentamente, começou a bicar o cordel que ele ainda usava para se proteger da “queda”. Depois... atirou-o para fora do ninho! As coisas aconteceram muito rápido. Bernie caiu e caiu... e foi uma experiência horrível! Estava muito assustado, gelado de medo. Viu passar a casca da árvore a toda a velocidade... e o chão estava se aproximando. Pensou: “Preciso abrir as asas... mas eu não acredito no ar. Não consigo acreditar nele porque não é real; não consigo vê-lo. Não, não posso fazer isso!”.

Logicamente, não abriu as asas. Ia direto para o chão e soube que, primeiro, cravaria o bico, depois, bom... depois acabaria como uma vara espetada no chão... com as pernas abertas no ar. Acabaria petrificado no chão, cravado como uma seta. Ninguém poderia tirá-lo dali e ficaria como uma estátua de pássaro! (risos). Que pesadelo!

De manhã, Bernie acordou como sempre. E, como era de esperar, ali estava o pássaro doutor do cérebro. Sigg tinha chegado no horário.

“Bom dia, Bernie”, disse Sigg.

“Bom dia, Sr. Cérebro de Pássaro... Doutor.”

“É Pássaro Doutor do Cérebro”, disse Sigg. “Não se esqueça, filho.”

“Muito bem, Dr. Cérebro de Pássaro.”

Bernie!”, exclamou o médico.

“Desculpe-me, sinto muito.”, disse Bernie... mas não sentia nada. (As crianças riem).

Bernie, você tem medo de quê?”, perguntou-lhe o médico sinceramente.

E Bernie recomeçou a sua cantilena. “Não consigo acreditar no ar, nem sequer consigo vê-lo. Sei que todos vocês voam... flap, flap, flap...”. Bernie, claro, estava brincando sobre a capacidade de voar. “Só que esse negócio de voar não é bom para mim porque, antes de mais nada, eu preciso ver o ar! Sr. Doutor Cérebro de Pássaro... senhor.”.

Sigg franziu a sobrancelha novamente para Bernie perante esta nova falha... mas Bernie estava se divertindo muito. Sabia que o Dr. Sigg não gostava que lhe chamassem de Doutor Cérebro de Pássaro, mas, mesmo assim, cada vez que se dirigia a ele, dizia “Doutor Cérebro de Pássaro... senhor”. Isto fazia com que soasse melhor.

Sigg, virando-se para Bernie, disse: “Bernie, tem medo de voar porque não consegue ver o ar. Mas, lá no fundo, do que, realmente, tem medo?”.

Bernie pensou que a pergunta era estúpida, de maneira que também respondeu um pouco estupidamente:

“Bom, Doutor Cérebro de Pássaro... senhor. Tenho medo de cair e de me esborrachar no chão... o que, segundo parece, não demora muito para acontecer quando os pássaros caem dos ninhos... Tenho medo e pronto!

“E, exatamente, o que faz com que um pássaro caia?”, perguntou Sigg ao seu jovem aluno.

“Bom... quero dizer..., suponho que é a gravidade.”, respondeu Bernie.

“Ah... sim... então é a gravidade.”, Sigg fez uma pausa e continuou: “Sabe, Bernie, mas também não se pode ver a gravidade, não é mesmo?”

Bernie pensou por um instante e respondeu: “Realmente, não. Não se pode ver a gravidade.”.

“Mas você acredita na gravidade, Bernie? Mostre-me a gravidade.”

Bernie pensou e depois disse: “Bom, não posso mostrar-lhe a gravidade. Se saltar do ninho, cairei e morrerei. Pois, então, isso é gravidade.”. Bernie sentia-se orgulhoso por ter respondido àquela pergunta tão difícil.

“É isso aí, exatamente!”, disse o doutor. “Pode provar que a gravidade existe desde que salte do ninho, Bernie. Mas também pode provar que o ar existe quando saltar do ninho, porque ele existe, tal como a gravidade. Não pode ver, mas realmente existe.”

Bernie não gostou do rumo que a conversa estava tomando. Por outro lado, Sigg terminou a sessão de orientação e preparou-se para voar e ir embora. Mas, em vez de se atirar para frente e sair voando, Sigg saltou para fora do ninho, deu um grito enorme chamando por Bernie e fingiu que caia por ali abaixo:

“Isto é gravidade, Bernie...”, gritou Sigg enquanto caía na vertical, “Isto é ar, Bernie!”, acrescentou ao endireitar-se com as asas totalmente abertas. Depois, afastou-se voando suavemente. Bernie ainda conseguiu ouvir o Doutor Cérebro de Pássaro cantando enquanto se afastava: “Ambos são invisíveis... ambos são reais.”.

Bernie ficou ali quieto durante um bom período. Pensou... pensou... e finalmente sentenciou: “Sabem, o pássaro doutor do cérebro tem razão. Só porque não posso ver o ar não significa que não exista. A gravidade está em toda a parte. Talvez o ar também. Na verdade, é precisamente disso que tenho medo. Não saberei com certeza, enquanto não experimentar.”.

Sigg, o pássaro doutor do cérebro, mostrou a Bernie que era interessante o fato de haver algo que não pudesse ser visto, como a gravidade, mas que convinha saber que existia, pois alguém poderia morrer em conseqüência de uma queda. Mas, também, chamou a atenção de Bernie para o fato de que ele não acreditava em algo maravilhoso, como voar usando o ar invisível. E Bernie compreendeu que, de fato, tinha medo da gravidade! Talvez o ar invisível fosse parecido com a gravidade invisível, mas... conseguiria salvá-lo? Bernie decidiu que, no dia seguinte, voaria. Seria corajoso... e disse para todos os pássaros do bosque e dos outros ninhos, que estavam ali olhando para ele. Garantiu-lhes: “Vou voar!”.

No dia seguinte, Bernie aproximou-se da borda do ninho. Muitos se reuniram para ver, pois toda a população dos ninhos conhecia o problema de Bernie. Parecia que, cada vez que o pássaro doutor do cérebro visitava algum pássaro, todo o grupo sabia... Mas esta é uma história para ser contada em outra oportunidade.

Bernie levantou-se. Voltou a anunciar a todos que era tempo de confiar nessa coisa invisível chamada AR! Falou um bom tempo sobre a confiança e as coisas invisíveis e, depois, com grande coragem e cerimônia... lançou-se ao espaço e deu início à queda do ninho!

Bernie, não demorou muito para começar a bambolear... a vinte centímetros abaixo do ninho! Tinha esquecido de desatar o cordel! (Riso!) Bernie estava muito envergonhado e humilhado. O bosque inteiro estava rindo dele! Até os que não eram pássaros estavam rindo. Os ratos e os esquilos também! Podia ouvir o bosque ecoando com as palavras: “O Pássaro Andarilho... O Grande Pássaro Andarilho!”. Então, Bernie ficou sabendo que tudo o que havia dito tinha se espalhado por todas as partes. Bom, de fato, precisava fazer alguma coisa.

Voltou a subir pelo cordel, soltou-se dele, voltou a inspirar fundo aquela coisa invisível chamada ar e olhou ao seu redor. O bosque estava novamente em silêncio. Como vocês sabem, os pássaros bebês não saltam do ninho por si mesmos. O normal é que sejam surpreendidos, enquanto dormem, e que sejam atirados para fora, quando menos esperam. Nunca saltam por si mesmos. Ora, de alguma forma, os outros pássaros sabiam que estavam vendo algo diferente. E os adultos, de alguma forma, lembravam-se como seria a primeira vez: Bernie, o voador renitente, fundador da nova raça chamada “Pássaro Andarilho” estava prestes a voar para fora do ninho por sua própria escolha... desta vez sem cordel.

E saltou! O medo apoderou-se de Bernie à medida que ia caindo, como chumbo, direto ao chão. Desta vez não era um sonho; desta vez era real! Enquanto Bernie via a casca da árvore passando rapidamente e o chão se aproximando dele a toda velocidade, ouviu uma voz interna dizendo: “As asas, Bernie, as asas!... Abre as asas!”.

“Estou assustado! Tenho medo!”, gritou Bernie mentalmente. Mas, no ultimo momento, finalmente, tal como o irmão e a irmã também tinham feito, abriu as asinhas curtas e fraquinhas, por nunca terem sido usadas, e começou a agitá-las freneticamente. Naturalmente, esse sistema invisível de sustentação, chamado ar, encarregou-se do resto. A magia do vôo que tinha servido para a sua mãe, pai, irmão e irmã, apoderou-se dele. Então, sentiu a sustentação e... foi ele, por ali acima!

Bernie, não conseguia se conter. Voou o dia inteiro. Voou, voou, voou o mais alto que pôde, até que as asas se cansaram e, então, comemorou essa coisa que não via e que todos chamavam AR. Planou à volta das árvores e gritou: “Vejam... estou voando!”... como se nenhum outro pássaro tivesse voado antes! Todos aplaudiram Bernie, não porque estivesse voando, mas pela coragem que mostrou em voar por sua própria escolha.

***********

É uma história simples, não é? É bom pensar em Bernie e na sua confiança no invisível... Mas, agora, vamos dizer o que tudo isto significa. Alguns já sabem, não é verdade? Bom, criançada, vocês têm um anjo consigo neste momento. Há um anjo que nasceu com vocês, com quem podem falar sempre que quiserem. É um anjo muito simpático, que ama vocês. Tem a mente de uma criança e, inclusive, sabe como vocês pensam. É um anjo que adora brincar com os brinquedos com que vocês brincam e vai crescendo à medida que vocês crescem. É um anjo que está sempre disponível e pode ajudá-los em qualquer momento.

No entanto, alguém poderá dizer: “Mas eu não vejo nenhum anjo!”. Bom, não vê porque é invisível... tal como o ar era invisível para Bernie! E podemos acrescentar que este anjo invisível os elevará, inclusive quando estiverem com problemas ou quando estiverem aborrecidos porque as coisas não estejam dando certo. Este é o anjo que os sustenta com uma energia invisível, quando estão caindo na escuridão por sentirem medo. Gostaríamos que se lembrassem disto, porque este anjo menino estará com vocês a vida inteira. É bonito, é invisível, mas... tal como Bernie descobriu, é muito, muito real.

Querem saber mais sobre o seu anjo? Apenas perguntem! Ainda que não consigam ver ou ouvir, como uma pessoa real, a emoção do amor e da amizade do seu anjo será a coisa “real” que comprovará que está aqui!

E você, adulto? Para onde foi o seu anjo menino? Ainda está consigo ou se desfez dele quando cresceu? A história de Bernie deu vontade de rir? Talvez seja tempo de descobri-lo, pois nunca foi embora. É seu para sempre e lhe convida para brincar. Na verdade, este é um conto para adultos, porque quem tem medo são os adultos, não as crianças. O medo que sentem é por não quererem deixar o ninho do intelecto e a aparente realidade para poderem voar até alturas onde se retorna à condição de criança... onde se volta a brincar e a sentir a alegria de acreditar no invisível.

E assim é!

Kryon